domingo, 26 de novembro de 2017

[Mergulhei Fundo] - Limão Rosa


Título: Limão Rosa
Autor(a): Flora Figueiredo
Editora: Novo Século
Ano: 2009
Nº de páginas: 72


“Se houver receita que atenue o machucado,
quem sabe um dia ainda se veja restaurado
este pobre coração de esparadrapo”. (Curativo)

Cada poeta – e demais escritores, em geral – desenvolve um estilo próprio. Ele transforma sentimentos em palavras (na medida do possível). O fato é que cada um se expressa de um jeito único. E o jeitinho Flora Figueiredo de fazer poesia me fascinou.

Já li poesias de todos os tipos, creio eu. Das mais sofridas e melancólicas, às mais alegres e extravagantes. Em Limão Rosa, pude perceber uma poetisa que usa as rimas como brinquedos, jogando-as no papel, natural e profundamente, conseguindo ser objetiva ao transmiti-las, sem rodeios. Frases curtas e imediatas, porém, vivas e, muitas vezes, desconcertantes.

“Quero também a bula detalhada
para não usar a sensação de forma errada,
caso isso seja um novo amor, mais uma vez”. (Corpo estranho)

Várias poesias não passam de versinhos de três ou quatro linhas. É pouco? Ora, poesia é isso! Sua grandeza não está no tamanho da estrofe, mas no olhar de quem a escreve. Com relação a isso, Flora foi bastante feliz. Ela observou o mundo ao seu redor, captou o que havia de mais belo, transformou em arte e compartilhou. 

A leitura foi extremamente rápida. Se o livro tivesse 400 páginas, eu também teria lido tudo de uma só vez. Se você gosta de poesia, vá fundo! Anote a dica.
  
“O que não ousei, diluiu-se na água estagnada.
O que não protestei, anulou-se na bandeira abandonada.
O que não amei, desfez-se sem adeus, não deixou nada”. (Lacunas)


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